O evento contou com a presenças de diversos ativistas culturais da cidade
Por Fabrício Rocha-TVitapê/Estágio supervisionado por Fábio Miranda/Foto: Reprodução Câmara Municipal.
A Câmara Municipal de Itapetininga aprovou na última segunda-feira, 16/10, por unanimidade a Frente Parlamentar do Hip Hop. O projeto partiu dos vereadores Etson Brun e Matheus Ribeiro. A criação da Frente Parlamentar tem como objetivos a construção de políticas públicas de fomento, divulgação e apoio à cultura Hip Hop.
O Hip Hop teve seu início nos subúrbios negro e latino de Nova Iorque, na década de 1970, onde seus praticantes enfrentavam vários problemas sociais como pobreza, violência, racismo, tráfico de drogas, problemas que foram denunciados através da arte.
Sandro Mancha, artista praticante e ativista do Hip Hop comentou durante a sua fala na Câmara Municipal sobre a importância do Hip Hop em sua vida. “Falar do Hip Hop para mim é uma ‘parada’ muito importante, porque além de transformar a minha vida, ela teve uma simbologia como se fosse um pai para mim”, disse.
“A rua, muitas vezes, é pejorativamente tachada como portas de muitos vícios, mas para a vida de muitos jovens é a porta de saída para amenizar uma dor e denunciar a falta de políticas públicas”, comentou o estagiário de jornalismo, Fabrício Rocha.
“A rua abraça, e eu tive a felicidade de conhecer o Hip Hop, e ele me tirou de muitas situações que, infelizmente, muitos jovens daqui da cidade estão atolados, que é a questão da criminalidade, do álcool e da droga,” comentou Sandro Mancha.
Sobre o preconceito contra a cultura do Hip Hop, Mancha comenta que “o individuo não consegue atingir os objetivos que a arte do Hip Hop exige. Quando a pessoa aprende a dançar, se ela usar algumas substância ou álcool ela não consegue desenvolver o movimento, porque precisa da técnica. Infelizmente o jovem não vai ter a coordenação motora e psíquica para desenvolver as habilidades,” concluiu, sobre a necessidade de os praticantes estarem livres do consumo de drogas e/ou álcool.