Por Maria Martins TVItapê: Fonte/Foto - Reprodução TVItapê
Em coletiva de imprensa feita da tarde de hoje, 12/julho, na sede da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itapetininga, os delegados assistentes da Seccional, dr. Franco Augusto Costa Ferreira e dr. Luiz Henrique Soubhia Nunes, detalharam sobre o caso de prisão provisória do principal investigado, de um senhor de cerca de 35 anos, que já tinha sido preso em dezembro de 2023, por porte ilegal de armas em sua residência.
Nova, com a nova apreensão do suspeito, a justificativa se deve à garantia de que ele não interferisse ou obstruísse a investigação, procurando as vítimas do golpe.
Mesmo após o episódio vir a público, o investigado entrou com um pedido de recuperação judicial da empresa, mas continuou a operar da mesma e, ainda, a procurar as vítimas.
No momento da prisão preventiva de hoje, outras duas armas também foram apreendidas. Ambas eram cadastradas, mas em condição de irregularidade, pois foram encontradas em local diverso de onde deveriam estar; e o mesmo deverá responder novamente pelo posse irregular das armas.
Durante as investigações, foi apurado que um grupo criminoso captava altas somas financeiras atreladas ao agronegócio, obtendo ilegalmente toneladas de grãos, favorecendo indevidamente credores e praticando crimes como estelionato, apropriação indébita majorada e furto, com o objetivo de dominar o mercado e eliminar a concorrência. Até o momento, foram identificadas 25 vítimas que, juntas, sofreram um prejuízo estimado em R$ 60 milhões. No entanto, suspeita-se que o número de pessoas prejudicadas, principalmente produtores rurais, seja de 70, além de instituições financeiras, elevando o prejuízo para R$ 500 milhões.
A entrevista coletiva teve como um dos principais objetivos mobilizar o mercado para que as vítimas ainda não identificadas façam as devidas denúncias.
As investigações, que acontecem desde o ano passado, tiveram hoje uma nova etapa, com o cumprimento de ordens judiciais, da investigação conduzida pela Polícia Civil de Itapetininga e, agora, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) de Sorocaba.
Segundo os delegados, a investigação visa o combate a diversos crimes patrimoniais, relações de consumo e ordem econômica, com os crimes de estelionatário, apropriação indébita majorada e furto.
O suspeito que operava no negativo, tinha um esquema de pirâmide reversa, no qual ele trabalhava com os fornecedores de grãos da região, com a compra em grande escala de grãos e valor acima do mercado, e fazia a revenda para terceiros com um valor abaixo do preço que tinha sido comprado, com objetivos que ainda estão sendo investigados.
Um dos objetivos da coletiva de imprensa foi de identificar mais vítimas que possam colaborar com a Polícia Civil.
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